segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Coletas de Amostras - USP - FAPESP
Coletas de amostras doVale Histórico -SP para estudo
Da esquerda para a direita em pé: Lauro Maia, Felipe, Helicônia Rostrata e Prof. Andrea
Da esquerda para a direita abaixo: Alejandra, Joseane Fontaine e Salete
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Projeto Rio Sesmaria - Diagnóstico Participativo
Durante esse período realizaram-se dinâmicas participativas variadas, adaptadas a cada segmento e tema. Os assuntos trabalhados incluíram a história da região, contada por estudiosos e por moradores mais antigos, a produção rural, a elaboração de mapas comunitários e a visualização da importância e efetividade das diversas instituições atuantes na área.
Ao longo das atividades foram identificados diversos aspectos fundamentais para a melhoria da qualidade de vida dos moradores e produtores, como a condição das estradas, a informação sobre técnicas e oportunidades de negócios para a produção rural, a proteção de nascentes e o fortalecimento do mercado de consumo local – de bens e de serviços, inclusive vinculados ao turismo.
Em São José do Barreiro o baixo preço do leite pago ao produtor e os limites impostos pela legislação ambiental foram citados como elementos que dificultam a vida rural. A redução do volume de água de rios e nascentes também foi observado como um fenômeno geral e vários proprietários informaram, com orgulho, estarem protegendo suas nascentes mantendo o entorno das mesmas arborizado.
Em Resende a grande preocupação é relacionada às enchentes do Rio Sesmaria. A equipe do projeto reiterou que o diagnóstico permitirá definir as ações necessárias para o equilíbrio ambiental da bacia e que, na medida em que tais ações forem implantadas, estas poderão contribuir, a médio e longo prazo, para aumentar a capacidade de infiltração da água das chuvas e reduzir o assoreamento do rio. Consequentemente, a perspectiva é criar condições para que, no futuro, a intensidade e os efeitos das cheias repentinas no espaço urbano sejam reduzidos.
Entre as próximas etapas do projeto estão a definição de temas para realização de mini cursos de interesse dos produtores rurais e a seleção de proprietários que desejem promover restauração florestal em parte de seus terrenos através do plantio de árvores nativas. As áreas a serem reflorestadas são demonstrativas e totalizam quatro hectares, sendo dois em cada município.
Outro benefício do projeto voltado ao produtor rural é a elaboração de um plano de desenvolvimento sustentável para duas propriedades a serem identificadas. O plano, embora específico para cada propriedade selecionada, também será uma referência aplicável a outras áreas. A proposta é oferecer um exemplo que demonstre ser possível aumentar a produtividade rural e ao mesmo tempo criar melhores condições de equilíbrio ambiental, gerando benefícios econômicos e ambientais para o produtor e a sociedade.
Serviços ambientais
As novas legislações sobre o pagamento de serviços ambientais, com a sigla PSA, possibilitam remuneração a proprietários rurais que realizam, por iniciativa própria, atividades de recuperação ou proteção de florestas. O conceito se baseia no entendimento de que o meio ambiente sadio possui valor econômico e que a proteção de recursos como água, biodiversidade, regulação do clima e outros precisa ser estimulada por meio da remuneração do produtor rural. Alguns modelos levam em conta o manejo de toda a propriedade, incluindo a estrutura de produção, além da coleta, tratamento e aproveitamento de lixo e esgoto. Outros, apenas contabilizam florestas protegidas ou em regeneração.
As novas leis têm mobilizado e incentivado a preservação e o plantio de matas, mas por ser o PSA uma proposta nova sua aplicação ainda não tem o alcance necessário. No entanto, a tendência que se observa é a ampliação do benefício e o aumento dos recursos disponíveis, para o bem do produtor rural, da sociedade e do meio ambiente. Cidades e campos agradecem.
sábado, 20 de outubro de 2012
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Projeto Sesmaria - " O lugar onde eu moro"
Um novo grupo de 20 pessoas, mas com alguns participantes da reunião anterior, também reuniu-se no final do dia, na Escola Municipal de Educação Infantil Matheus Andrade, ao lado da Praça de Formoso. O método utilizado para esse encontro foi a elaboração coletiva de um mapa que represente a visualização espacial da bacia hidrográfica, segundo o olhar dos moradores presentes.
Após esclarecer o significado de bacia hidrográfica, o agrônomo Marcos Jota iniciou o desenho do mapa na grande folha estendida no piso da creche e logo em seguida os participantes deram continuidade ao desenho. Na medida em que os rios da região foram desenhados outros elementos iam sendo incluídos no mapa: nascentes, cachoeiras, matas, fazendas, pontes e outras referências.
A necessidade de resgatar a produção rural foi tema de discussão, tendo como estímulo informação adicional sobre a nova lei que obriga a compra de pelo menos 30% dos alimentos de merenda escolar na agricultura familiar da própria região. A perspectiva de asfaltamento da RJ-161 também foi mencionada como fator que poderá aquecer a economia, mas que também demandará preparo adequado e prestação de serviços diferenciados e típicos da cultura local para propiciar um turismo de qualidade. A importância da informação e do apoio técnico ao produtor rural também foi muito lembrada.
Ao final, a equipe do projeto informou que em breve será iniciado o processo de seleção de áreas para reflorestamento, totalizando quatro hectares, além do planejamento conservacionista de duas propriedades.
A Semana de Mobilização prossegue até dia 18, conforme programação completa disponível em http://crescentefertil.org.br/projetoriosesmaria/site/index.php/equipe-do-projeto-inicia-distribuicao-de-convites-para-a-semana-de-mobilizacao/
Moradores de Formoso constroem a "Linha do tempo"
Alguns depoimentos dos moradores mais antigos presentes traduzem especialmente bem a cultura rural e confirmam as teses de mudança do clima e da redução do volume de água de rios e nascentes: “Antigamente tinha a natureza do tempo, seca no tempo do frio e chuva no tempo do calor, mas agora a gente sente o sol muito mais quente do que há um tempo atrás. E no tempo do calor não chove. Antes, a partir de setembro chovia todo dia. Agora chove muito menos. Mas o turma de hoje não aguenta trabalhar no sol como “nós” aguentava. Peixe, não tem mais nada. Hoje, das árvores antigas só acha canjarana, cedro, ipê… Canela parda, nem preta, não tem mais não… Agora as matas estão voltando mas a água tá secando. Pode ser a braquiária porque ela seca a terra, onde tem brejo e se planta braquiária, o brejo acaba. Bambu também seca a terra“.
A menor disponibilidade de mão de obra foi citada como dificultador das atividades locais, uma vez que muitos moradores tem ido trabalhar em Resende e outras cidades do Vale do Paraíba.
Os depoimentos e eventos marcantes ocorridos ao longo do tempo, lembrados pelos participantes, foram registrados pela equipe de sistematização do projeto a fim de integrar o diagnóstico e subsidiar a elaboração de diretrizes para a melhoria das condições ambientais da bacia hidrográfica.
http://crescentefertil.org.br/
terça-feira, 16 de outubro de 2012
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
domingo, 14 de outubro de 2012
Tudo isto aqui já foi café
Luiz de Almeida nogueira Porto, "Tudo isto aqui já foi café"
Nos dias de hoje costumo ouvir dizer que nova realeza desponta entre os mares de morros neste Vale: o Turismo Histórico.
Que aos poucos vem ajudando no redescobrimento de tais nobres terras tão injustamente esquecidas em consequência dos novos tempos.
Vale Histórico Paulista! O Brasil se desenvolveu trilhando suas terras!! Um cenário que ainda respira os ares do seculo XVIII.
Vale a pena conhecer o Vale!!!
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
"Jongo na Fazenda Santo Antonio da Cachoeira - Formoso - São José do Barreiro - SP"
A Família Maia e empregados logo se apressam na cozinha. Doces, queijos, compotas, bolos de fubá em quantidade, carne de porco, etc..., são preparados, com conhecido cuidado!
"Dotô Luiz", acompanha a lida com as éguas e jumentas no terreiro de baixo. Juvená, Artur, chico Barbosa, e o inesquecível "Zé Campeiro", apartam os animais, sob o olhar vigilante do "Venerável ancião".
Enquanto isso, o terreiro nos fundos do sobradão é preparado para a festa.
Lenha e mais lenha é amontoada, de forma segura, para a queima durante a jornada tardia do Jongo.
Já noite, a família Maia se debruçava nos janelões da casa sede, à espera dos "Formosenses" e jongueiros, estes vindos de distantes lugares.
Dona Elisa, Carmem, Elisinha, Lourdes, Luizinho,kito, Antoninho, e varios hóspedes, entre eles este que narra o evento, se entreolham preocupados: Será que não virão os convidados!
Não se fazem esperar, um a um, em longa fileira, cada um com uma tocha na mão, os convidados se mostram na curva da estrada!
A festa tem início. Tambores, violas e violões, soam ao ritmo do "Jongo" Africano.
Danças as mais variadas são vistas ao redor da fogueira que lança sua chama até apreciável altura.
O aguardente roda entre os presentes, assim como as iguarias são servidas, em profusão.
"Juvená", de paletó e gravata, mas descalço, se aproxima do janelão onde "Dotô Luiz", fazendeiro de "zóio de boneca", a tudo acompanha.
Altaneiro, respeitoso, "Juvená", em nome de todos, agradece a acolhida e a possibilidade de se mostrarem com suas danças e músicas de ritmos africanos e também regionais.
Apesar de alcoolizados, nenhuma rixa ou desentendimento se vê entre os presentes!
Todos se divertem com a trabalhadeira dos familiares do anfitrião, se dedicando a mais preparar comida para os convidados!
E como comem e bebem!
E como dançam e cantam!
Até o alvorecer a festa continua!
Muitos, cansados, dormem ao relento, aguardando o momento do café ralo da manhã, junto com a rapadura que o acompanha!
Ao final, fogueira extinta, comida e bebida acabadas, os últimos convidados abandonam a hospitaleira Fazenda, trocando idéias sobre a festa do ano vindouro!
Cansada, mas Feliz, a Família Maia se entrega ao sono merecido!"
Esta crônica foi redigida aos 76 anos de vida do Exmo Dr C. O. de A. C. que a tudo isso relatado, viu e viveu, e até hoje conta com muito sentimento!
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Causos da Fazenda Santo Antonio da Cachoeira
Mais ou menos lá pelos anos 30 chegava para o Dr Luiz Oscar de Almeida Maia uma carga viva de 90 éguas da melhor qualidade vindas de trem de São Paulo até a cidade de Queluz. Embora a chegada da estrada de ferro estivesse cada vez mais limitando o trânsito de tropas de mulas como meio de transporte, ainda em nossa região, o costume ainda fazia poeira na estrada.
Quando carga grande de animais chegava assim, Zé Campeiro, Juvenal, Francisco Barbosa e Bem vindo já sabiam que os carrapatos iam aumentar nos pastos da Fazenda. Era um tal de viver coçando que só vendo! Os três trabalhavam na Fazenda Santo Antonio da Cachoeira. Zé Campeiro era o mais antigo e tambem o mais querido pelo dotô.Diziam que era ele descendente direto dos últimos escravos que sobreviveram à escravidão no Vale. Assim como muitos, ao encontrar casa grande com bom Senhor, estes fizeram dali sua morada. E novos dias foram apagando memória de um tempo que não merece ser lembrança.
Juvenal era Jongueiro dos bons. Ao se ouvir meia duzia de bater de palmas no terreiro, lá ia ele chegando com sua ginga de pés descalços e paletó no dorso. Bem vindo lhe dava as boas vindas ao anunciar sua chegada. A toada ecoava aos ventos acordando Caxambus, candongueiros e pandeiros.
Junto com a criação chegava tambem a família. Dr Luiz já tratava logo de alugar a Jardineira do Clube dos 200 para assegurar o conforto da chegada de seus entes queridos. Da praça de Formoso até a travessia do ribeirão chegavam todos no veículo alugado. Dali pra frente era na Canela, de mula ou a cavalo. Quando vinha a familia toda era preciso o carro de boi ajudar a juntar a fiarada toda. Com carinho e muita paciência Zé Campeiro no colo a todos ajudava a travessar: Margarida, Ilka, Carmitinha,...Eram muitos! Entre legítimos e agregados, cartório nenhum no mundo garantiria maior autenticidade que seu imenso coração.
Francisco Barbosa e Bem vindo vinham com a carroça e o Dr Luiz em seu burro de estimação, o veado. O veado era um burro xique no úrtimo! Corpo bege por inteiro teve ainda um capricho no detalhe de seu rabo que era todo branco. O xodó era tanto que Ninguem, com exceção de sua pessoa, nesse burro montava.
Dr Luiz era Homem da Justiçá. Era homem respeitado não por ser temido. Seu respeito vinha do reflexo de sua indole . Só defendia quando era certo. "Fumus Boni Iuris". Sua labuta no ofício nunca teve como fim o capital. Suas causas eram verdadeiramente justas. E assim o Fórum de Bananal sempre ao seu dispor parecia estar. Muitas vezes nem era preciso ao Fórum chegar para que seu senso de justiça começasse a funcionar. Ai daquele que flagrado fosse maltratando algum animal ou castigando alguma criação. Peão apeava e seguia a pé sem nem ao menos poder se lamentar tal era o sabão que haveria de tomar.
Mas era na Fazenda Cachoeira que Dr Luiz faza mesmo jus aos seus dias de vida. Tratava de toda criação com maior zelo e carinho tendo sempre ao seu lado Francisco Barbosa e o fiel escudeiro Zé campeiro. No dia da Cruza Bem vindo e Zé Campeiro iam mais cedo que de costume ao batente. Na hora do acasalamento burro cego de amor vai com tanta vontade que as veiz demora a encontrar o caminho da dita cuja. Dr Luiz de perto aprecia a empreita e grita ao Zé Campeiro, seu predileto: "Já entrou Zé, já entrou?" e o inocente responde: "calma que ta entrando dotô!" Como era de costume seu, tratamento igual para com todos, a pergunta seguiu tambem a bem vindo para este não enciumar:
"Já entrou Bem vindo, já entrou?" Mas Bem vindo, bicho desconfiado, silenciava. O Dr então estranhava: "O bem vindo! Não escuta não??" Meio acabrunhado Bem vindo quebra o silêncio: "Óia Dotô, o Zé disse aqui que sim, mas eu memo não tô sentindo nada. to na torcida pra que tenha sido memo é na mula!"
Saudades meu avô! Que Deus o tenha assegurado um bom lugar!
Crônica de um dia na roça - causo contado pelo Lolô num bate papo as 6hs da manhã enquanto a padaria não abre aqui em Formoso
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Crônica de uma cansativa tarde de política
em que candidatos a cargos públicos não mais precisarão estuprar os ouvidos de seus eleitores com insistentes propagandas ruidosas e barulhentos carros de som, pois seus nomes e feitos serão já tão conhecidos e acreditados que tornarão esta abominável prática desnecessária.
Chegará o dia
que não mais fogos de artifícios subirão aos céus em vão, perturbando o silêncio e quebrando a santa paz bucólica de uma tarde, espantando e afugentando inocentes animais irracionais e racionais com esse barulho repugnante e dispensável.
Chegará o dia
em que a paisagem do campo permanecerá intocada e serena como outrora, sem o dispêndio da poluição visual de máscaras e rostos (des) conhecidos, que não precisarão mais de cartazes ou faixas que tanto empobrecem e enfeiam nossos caminhos.
Que saudades dos Tempos medievais.
onde as eleições de nossos edis vereadores eram feitas através dos "pelouros da vereança". Os pelouros eram bolas de cera dentro das quais colocavam-se os papéis com os nomes dos candidatos à vereança. As bolas de cera eram colocadas dentro de uma espécie de caixa de madeira e daí sorteada uma que escolheria o vencedor do cargo. Estes tinham que ser os chamados "homens bons" . Mesmo porque os vereadores não recebiam qualquer remuneração por seu trabalho. Considerando-se que eram pessoas abastadas, poderiam trabalhar pelo bem público sem usufruir do cargo qualquer pagamento em espécie, comportamento absolutamente distante de nossos atuais magistrados e candidatos.
E o que dizer da sujeira que se acumula nas ruas? Sonho com menos "santinhos" voando aos ventos pelos coretos e calçadas, deteriorando-se nos quintais, expostos e explícitos nas praças...
Serão estes, tempos de mais árvores, e menos papel! mais silêncio, e menos fofocas; mais verdades, e menos mentiras; mais empenho, e menos promessas; mais clareza, e menos sujeira; prática esta, que a máxima se estenderá ao futuro ofício.
E assim senhoras e senhores, em tempos onde "Less will be more", creio eu, na esperança que meu voto será então válido, e que estarei de fato, apoiando as verdadeiras práticas e intenções do tão sonhado compromisso com o "bem estar público".
Chegará o dia...
C. Lauro Maia Cavalcanti
Cidadão Apolítico??
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Dias de roça!
"meu fio, a gente já nasceu sem dentes, não é mesmo??""
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Mutirão Social no campo de Formoso
Neste final de semana o time que entrou em campo em Formoso estava diferente. Desta vez nada de bola, muita vontade e muita tinta!!!
O pessoal se reuniu em campo e em uma ação de mutirão, os pinceis começaram a trabalhar. As tintas foram doadas pelo Claudemir (alemão) e o trabalho foi todo voluntario para deixar o Campo de formoso com as cores do time de Formoso Bi-Campeão do Vale Histórico!!
Vale deixar claro que esta ação foi realizada unica e exclusivamente com o empenho dos moradores e amigos de Formoso e não contou com ajuda e nem particpação de nenhum órgão publico. Como estamos em ano de campanha política, é sempre bom deixar tudo as claras, não é mesmo? rs rs
Aqui não tem propaganda partidaria, nem contra, nem a favor! Somos movidos pelo amor ao esporte!
Esta é nossa Bandeira!!!
Um salve para todos os parceiros desta empreitada: alemão, minhoca, macarrão, doca, matheus, são, lelinho, luizinho, neneco, marelo, marcelinho, ….e o restante da galera que participou deste dia!!!
FORMOSO F.C.
CAMPEÃO INVICTO COPA VALE HISTORICO DE 2010
CAMPEÃO INVICTO COPA MUNICIPAL DE 2011
BI-CAMPEÃO COPA VALE HISTORICO DE 2011
BI-CAMPEÃO INVICTO COPA MUNICIPAL DE 2012
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Noite Italiana no Clube dos 200
Dentre os principais patrimônios que caracterizam a Itália, além de suas belezas paisagísticas e de sua arte, está a gastronomia. A cozinha italiana é talvez uma das mais ricas do mundo, principalmente no que diz respeito aos ingredientes característicos da cozinha típica e regional. Isso é sem duvida consequência dos vários povos que passaram pela península itálica através dos séculos e lá deixaram sua marca com a introdução de novos elementos.
Apresentaremos a seguir as fotos do Jantar realizado no Clube dos 200, idealizado pelo Cheff Nilson Bernardi, com o apoio da Cantu distribuidora e importadora, e que teve a intenção de apresentar aos nossos hóspedes um pouco da historia da gastronomia Italiana, proporcionando a todos uma excelente degustação superior ao costume brasileiro de resumir a comida italiana em apenas massa e mais massa. A Cozinha Italiana soube como tirar proveito das diferenças para enriquecer sua cultura sem deixar com que sua identidade desaparecesse. Esta diversidade fez com que esta cozinha se transformasse em um ícone da gastronomia assim influenciando tantas outras cozinhas e semeando sua historia através de seus pratos que hoje são apreciados em todo o mundo. Como não poderia deixar de ser, peço a paciência de todos para uma breve apresentação da História da Culinária Italiana. Não tenho como evitar a este costume! O Clube dos 200 deve sua existência ao fazer história, e esta, sempre se faz presente.
Ao falarmos de Itália podemos considerar esta nação a mãe da cozinha ocidental, pois foi ela o palco de dois grandes episódios da nossa historia: o Império Romano e o Renascimento.
O Império Romano foi construído a base de ceias fartas! Porem, não eram todos aqueles que tinham o privilégio de fartar-se nos banquetes. Durante a Roma antiga a gastronomia consistia somente em vegetais e frutas. Somente ricos comiam carne, geralmente de carneiro, burro, porco, pato ou pombo. Alimentavam-se os porcos com figo para que a carne ficasse perfumada e criavam os gansos de maneira especial para com eles preparar patês. (Ainda bem que consegui convencer nosso chef a não incrementar tanto nosso cardápio e nossos gansos continuam a nadar tranquilamente na Lagoa.) rs
O intenso comércio de alimentos na região durante o império, centrado no suntuoso mercado circular de Roma, fez transitar pelo local, caravanas recheadas de alimentos vindos de toda a Europa, África e Oriente. Tal miscigenação fez com que a Itália tivesse como consequência uma das cozinhas mais ricas do mundo, principalmente no que diz respeito à diversidade de ingredientes que deram uma forte característica à cozinha típica e regional. Nesse período os Romanos possuíam três refeições principais, semelhante às de hoje, elas eram:
Lentaculum
Primeira refeição do dia ± pouco tempo depois de se levantarem. Esta refeição era composta por pão, queijo, ovos e leite. O pão poderia ser embebido em um vinho aquecido ou então regado com azeite e esfregado no alho. Quanto ao leite, o mais consumido era o de cabra ou de ovelha.
Prandium
Era servido por volta do meio dia e tomava-se, geralmente em pé. Nele restos de comida do dia anterior eram costumeiros, carnes frias frutas e queijo. Como bebida poderia tomar-se o muisum, uma mistura de vinho com mel. Cena
A cena era a principal refeição do dia e iniciava-se à décima hora, o que correspondia às quatro horas da tarde, tendo em vista que os Romanos contavam as horas a partir do nascimento do sol e prolongando-se até de noite. A cena dividia-se em três partes: gustatio, prima mensa e secunda mensa.
O gustatio era composto por uma série de aperitivos: comiam-se cogumelos, saladas, rábanos, couve,ovos e ostras. Para beber, tomava-se o muisum, que servia para abrir o apetite e ao qual se atribuía à capacidade de prolongar a vida.
A prima mensa era composta por vegetais e carnes e a secunda mensa consistia na sobremesa, na qual serviam frutas ou bolos.
Puls
A puls, uma papa de cereais, era o alimento base dos antigos Romanos. Os cereais utilizados para elaborar a puls eram os trigos ou a espelta, que eram torrados, moídos e cozidos, primeiro em água e depois em leite. Existiam algumas variantes da puls: a pulstabata (feito com favas) e a puls punica (que continha queijo, mel e uma gema de ovo).
Na Roma Antiga produzia-se uma extensa variedade de pães. Fabricar o pão era de inicio uma tarefa feminina, até a partir do século III a.C. quando surgem os padeiros (pistores)que vendem o pão nas padarias (pistrinae).Existiam basicamente três qualidades de pão, o panis mundus, o panis secundarius e o panis sordidus. O panis mundus era o pão de primeira qualidade, enquanto que o Panis secundarius era o pão feito com farinha de segunda, possuindo mais farelo; este último tipo de pão teria sido o favorito do imperador Augusto. Quanto ao panis sordidus era o pão de mais baixa qualidade, consumido pelos pobres.
Carne e Peixe
Comia-se praticamente todos os tipos de carne animal: porco, javali, lebre, coelho, galinha e borrego. Um petisco particularmente apreciado eram as línguas de rouxinol e flamingo. A carne bovina era pouco consumida por diversos motivos, entre os quais os religiosos: aquele que matasse um bovino sujeitava-se a ser castigado com a morte ou exílio. Para, além disso, os bovinos eram vistos mais como animais de tração do que de consumo.
Garum
O garum ou liquamen era uma espécie de molho obtido a partir da maceração pelo soldo intestino dos peixes, de preferência atum e cavala. Era usado em praticamente todos os pratos, inclusive os doces. O garum mais famoso era o fabricado em Cadis, localizado hoje na atual Espanha.Devido sua aparência e cheiro o garum não possui qualquer referencia na moderna cozinha européia. Julga-se que os molhos de peixe da culinária Vietnam e e do sudoeste asiático possam ser os que mais se assemelham ao antigo garum. Condimentos. A culinária da Roma Antiga fazia em uso generoso dos condimentos. Os principaiscondimentos utilizados na preparação das refeições eram a pimenta, os cominhos,orégãos, salsa e até mesmo o mel.
O vinho acompanhava os pratos e era bebido diluído com água do mar ou água morna. Para que os vinhos se conservassem era necessário que fossem misturados com resina, pelo que depois tinham que ser filtrados no sacculus linteus (um tecido de linhos).Colocava-se gelo ou neve no fundo, que tinha como função purificar e refrescar o vinho.Outras bebidas consumidas pelos Romanos eram a posca (feita com água e vinagre,sendo muito consumida pelos pobres e pelos soldados), zythum (cerveja de cevada outrigo), o hydromeli, camum (bebida fermentada de cevada) e cydoneum (bebida feitacom marmelo).A conquista da Sicília, Sardenha e Córsega levou o gosto pela abundancia e pelo luxo dos gregos para as cozinhas e os salões italianos, onde passa a imperar a gula, saciada pelo excesso de carnes regadas de molhos concentrados, especiarias e ervas aromáticas,acompanhadas de muito pão e vinho.
O Renascimento trouxe novo brilho às artes e à gastronomia local. Entre os séculos XIV e XVX, cidades como Veneza e Florença se converteram em centros de refinamento cultural e artístico. Foi nessa época que os banquetes e os exageros da Idade Média cederam lugar ao requinte, à sobriedade e a moderação da nova corte europeia. Surgiu a alta gastronomia, que prezava a moderação no cozimento e no uso de especiarias, assim como os bons modos à mesa. Os italianos dispensam preparos sofisticados, valorizam o sabor e o perfume natural dos ingredientes de suas terras, considerados alguns dos melhores da Europa e complementam com molho e tempero. À mesa, os melhores momentos são oferecidos pelas pastas, peixe, frutos do mar e cortes especiais de carne, como o ossobuco e o escalope de vitela. Estes pratos são preparados com azeite de oliva e recebem generosas doses de ervas frescas. Como complemento, estão sempre presentes pães e vinhos produzidos no país.
A partir de 1600 os espanhóis deixaram suas marcas na gastronomia italiana, principalmente com novos produtos originários da América. Na época de Napoleão Bonaparte, os franceses transmitiram à esta culinária a utilização de pratos com produtos derivados de leite, com manteiga e creme de leite. Eles também ensinaram aos cozinheiros italianos formas mais refinadas de apresentação dos pratos, com um visual mais elaborado. Com a imigração dos italianos para a América, a partir de 1900, a Itália exportou sua culinária, principalmente com napolitanos. Portanto é difícil falar numa cozinha Italiana, o mais correto é falar em cozinha típica regional italiana. Além das diferenças gastronômicas entre sul e norte, dentro da mesma região encontra-se em varias cidades, até mesmo próximas, diferenças históricas, devido aos povos que passaram por cada local, geográficas e climáticas que determinam os tipos de produtos elaborados e que, por sua vez, vão constituir os ingredientes dos pratos tipicamente regionais. Em poucas palavras franceses, austríacos, húngaros, árabes, e até povos mediterrâneos passaram por aquela península que por fim absorveu um pouco da culinária da origem de cada um desses povos e adicionou esta à suas peculiaridades formando assim uma gastronomia diversificada e grandiosa.
Com as mudanças renascentistas os italianos passaram a se alimentar menos em suas refeições, pois a gula ou exagero não eram mais bem vistos, assim novos horários de se alimentar passaram a fazer parte do dia a dia dos italianos. De maneira peculiar os pratos eram e são servidos até hoje em determinada sequencia. Enquanto dizemos que eles comem muita massa, eles dizem que comemos carne de mais. Além disso, há uma diferença na composição do prato e ingestão dos alimentos: os italianos comem sempre um alimento de cada vez. Podemos dizer que um italiano típico atual se alimenta mais ou menos da seguinte maneira:
La colazione
Corresponde ao nosso café da manhã, ocorre por volta das 08h00min e é composto geralmente de café, café com leite ou capuccino acompanhado de pão com geléia ou pão doce, como um croissant, denominado de cornetto.
Uno Spuntino
Para nos um lanche, servido as 11h00min ou 11h30min é constituído de um sanduíche de pão, queijo e presunto, ou somente um suco de frutas.
Il pranzo
Da-se no horário das 13h00min às 14h00min, sempre acompanhado de pão, azeite de oliva e vinho, tem-se basicamente os seguintes pratos: Antepastos como bruschetta, champignon marinado, insalata ou focaccia. As bruschettas são fatias de pão amanhecido, sapecadas na grelha, esfregadas com alho ecobertas com tomates, azeitonas, berinjelas e regadas com azeite de oliva.
Outra marca gastronômica italiana é a é a beleza e o gosto intenso de seus vegetais, possivelmente devido ao solo vulcânico, principalmente na região da Sicília. As berinjelas, por exemplo, são magníficas. Introduzida pelos árabes, caíram em desgraça quando eles saíram das Sicília e, por alguma intriga política foi por muito tempo considerada venenosa, até ser reabilitada pelos monges carmelitas. Dizem que os sicilianos têm 100 maneiras de fazer berinjelas.
Primo Piatto, geralmente com massas, como macarrão, espaguete, lasanha ou risoto.
Secondo Piatto
Com cortes especiais de carne, e acompanhamentos, denominados contorni´, a exemplo de legumes cozidos ou saladas de legumes e verduras.
Não podemos deixar de mencionar a musica ambiente. Completando a noite, tivemos tambem o privilegio de ouvir as melodias de nosso amigo Sampaio, que brindou a noite com repertorio variado e de muito bom gosto surpreendendo mais ainda a todos os presentes.
Voltando a sequencia dos pratos: As saladas são geralmente servidas no final - servem para limpar o palato antes do destaque final chegar: algumas frutas com queijo, uma pequena sobremesa (doce). Conforme explanação de nosso cheff Nison Bernardi, realizamos uma pequena inversão na sequencia dos pratos com relação a salada para atingirmos o gosto e o costume brasileiro e assim não causarmos tanto estranhamento em nossa proposta. Esse momento que iniciou a noite foi bastante esclarecedor a todos os presentes, pois nesta hora, nosso Chef Nilson, apresentou e explicou toda a sequencia dos pratos que seriam servidos, bem como, os vinhos que acompanhariam cada prato. Os vinhos que foram gentilmente cedidos pela nossa fornecedora e distribuidora Cantu, foram escolhidos a dedo pelo nosso chef com o cuidado e a delicadeza da combinação perfeita para acompanhamento dos pratos e um breve esclarecimento tambem de qual região da Italia era procedente. Realmente, foi uma excelente noite! Dessas que lembraremos pra sempre e dignas de mais um capítulo da história do Clube dos 200!!! Sobremesas Os doces, desde a Idade Media, eram feitos nos conventos pelas freiras enclausuradas. Muitos monastérios se tornaram mais famosos pelas gostosuras do que pela santidade. E essa doce herança, mais ou menos tão doce quanto contraditória, deixou sua marca até nos nomes das sobremesas. Contam as freirinhas, como supostamente não deveriam gozar tanto da vida, criavam doces deliciosos e na vã tentativa de diminuir o pecado batizavam-nos com nomes desmerecedores como: buoni ma brutti (bom mas feio), ossa di morti (ossada de
Em nosso cardapio escolhemos a Panna Cotta para adoçar a vida dos nossos amigos nesta noite. E Após todo este breve relato, apresento-lhes finalmente o menu que foi servido nesta noite para conhecimento. Este cardapio foi preparado com muito carinho, muito estudo e bastante testado para que pudesse agradar e trazer bons momentos a todos os presentes.
Agradecemos desde já, a presença de todos que estiveram aqui conosco nesta noite e esperamos poder repetir momentos como este em breve novamente.
Um grande abraço da Família Clube dos 200
domingo, 12 de agosto de 2012
Apresentação do Projeto Rio Sesmaria mobiliza organizações de Resende e São José do Barreiro
As atividades foram conduzidas pela equipe técnica do projeto, coordenado pela ONG Crescente Fértil. Na abertura dos eventos, Luis Felipe Cesar, diretor da ONG, fez um breve histórico sobre a instituição fundada em 1994, com sede na APA da Serrinha, em Resende, e lembrou as enchentes ocorridas na cidade no verão de 2010, que alertaram para a necessidade de realizar um planejamento voltado para toda a bacia hidrográfica.
A etapa seguinte da reunião foi conduzida por Marcos Luiz da Cunha Jota, agrônomo especializado em processos de Diagnóstico Rápido Participativo (DRP), que detalhou a metodologia e organizou a formação da Equipe de Apoio do Diagnóstico com os presentes. Também foi realizada uma atividade preliminar do próprio diagnóstico, quando se formaram grupos que identificaram as próprias possibilidades de participação e os principais temas a serem abordados durante os trabalhos.
Localização
Visita Guiada ao Clube dos 200
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Preservando e restaurando o Club dos 200
O Hotel Fazenda Clube dos 200 sempre foi uma das construções mais imponentes e importantes na história da região do Vale Histórico. Tal importância histórica deveria ser suficiente para este Patrimônio ser conservado e adorado por todos os moradores locais, visitantes e passantes. Mas Infelizmente, não é isso que versa a história!
O descaso em que foi deixado o Clube dos 200 começa no final da década de 90. Por pouco a história não se apagou e ruiu junto com o Casarão. Isso é o que acontece quando Patrimônios dessa magnitude ficam a mercê de pessoas desinteressadas que ficam esperando por um milagre ao inves de arregaçar as mangas e trabalhar.
Apesar de ter todo o merecimento para ser tombado como Patrimônio histórico da humanidade, isso nunca veio a acontecer, em razão do último proprietário não ter o Clube dos 200 como prioridade. Sem interesse, não se pode fazer muito pelas coisas, e então, o Clube dos 200 começou a passar de mão em mão, de arrendatário á arrendatário, de descaso a abandono!
Em 1998 o Hotel Fazenda Clube dos 200 sofreu uma completa destruição e vandalismo! Tudo fora destruído, quebrado, queimado, invadido e, principalmente, roubado! Como se explica o desaparecimento de um piano? E os famosos talheres de prata da frança, que não encontramos nem uma colherzinha pra contar história? E o que dizer dos lustres de cristais? Em qual fazenda será que hoje eles estão enfeitando o salão principal? Quantos antiquarios faturaram com os moveis que aqui criaram pernas…e por aí vai!
Todo destruído, o Hotel foi então abandonado!
Entregue à sorte e condenado à ação do tempo, que cada dia que passava, castigava cada vez mais suas paredes carregadas de historia. O mais triste de tudo é saber que desta vez a falta de capital não foi de toda culpa. O cuidado de apenas recolocar uma telha fora do lugar já ajudaria e muito a conservação deste patrimônio. Pequenas coisas, que somadas, formam um todo muito significativo quando zelamos por um local magnifico como este.
Era o fim do Hotel Fazenda Clube dos 200!
Até que um belo dia, o destino nos trouxe pra cá! Era Ano de 2004! E desde esse ano então, vamos vindo brigando, acreditando, sorrindo, chorando e lutando para que, cada vez mais, este lugar continue “respirando” e de portas abertas para continuar a escrever História!
Acompanhe, a seguir, algumas fotos deste processo de restauração do Hotel Fazenda Clube dos 200.
Agradecemos a sua atenção e muito obrigado pela visita!
Volte Sempre!
O Pátio
Nosso Pátio interno parecia uma selva! As plantas que cresceram entre as pedras estavam da nossa altura. A Natureza se encarregou de colocar vida no Clube dos 200 nesses oito anos que ficou fechado! O azulejo vermelho quase não se enxergava. Foi preciso uma boa dose de ácido e abusar do jato da wap, pedrinha por pedrinha... (As fotos abaixo foram tiradas após a ação do ácido e uma primeira ação do Wap).
Pátio Interno (antes):
Pátio Interno (hoje):
Os quartos, chalés e banheiros
O estado destas dependências antes, só acredita quem viu. Estavam totalmente destruídos: paredes, móveis (os que sobraram), louças dos banheiros...
Banheiros e Apartamentos (antes):
Existiam buracos nas paredes que cabiam uma mão!!
Banheiros e Apartamentos (hoje):
Bloco Externo – Chalés (antes):
Bloco Externo – Chalés (hoje):
Bloco Externo - Chalés (antes):
Chalés (antes):
Chalé nº 10 (hoje):
Chalé Nº 11 - (antes):
Chalé Nº 11 – (hoje):
Chalés (antes):
Chalés (hoje):
Chalés (antes):
Chalé Nº 13 (hoje):
Antes:
Depois:
Chalé (antes):
Chalé (depois):
A área externa
A Piscina
Não sabíamos se era a piscina ou se era a Lagoa! Descobrimos que era a piscina ao esvaziar! Tinha tanto lodo no fundo que só quando conseguimos retirá-lo todo, conseguimos enxergar que ela havia sido furada em dois lugares com algo parecido com uma picareta. Só não vazava porque o lodo tapava tudo! Tínhamos ali um verdadeiro ecossistema: sapo, girinos, mosquito, perereca, rã... E acreditem: até peixes!
Piscina (antes):
Piscina (depois):
A quadra
A quadra de Tênis era um verdadeiro campo de terra! Quando descobrimos o rolo de acertar o terreno da quadra dentro da lagoa, resolvemos tirá-lo de lá com um trator e reiniciar a recuperação da quadra de tênis. Passamos varias e varias vezes o Rolo no terreno e depois jogamos o saibro. Nem sinal de redes nem de suportes para telas de proteção, então o jeito foi improvisar!
Quando a quadra ficou pronta, estreamos em uma partida que levou quase a tarde toda. Só paramos o jogo porque descobrimos que não tinha como fazer uma iluminação para jogos noturnos. Apesar de haver postes para luz, todos os fios de cobre subterrâneos que iluminavam a parte externa do Hotel foram desenterrados e roubados. Uma pena! Vamos aproveitar o dia, então, aqui na quadra!
Quadra de Tênis (antes):
Quadra de Tênis (hoje):
A Sauna
A Sauna praticamente só existia o lugar dela! Todas as madeiras de dentro foram arrancadas e as que sobraram estavam cheias de cupins. O forno da sauna, nunca vimos nem sinal dele. Só tinha o buraco na parede. O maior trabalho foi desalojar os inquilinos que ali se apossaram do lugar: aranhas e morcegos! Mesmo com uma boa dedetização e desinsetização, eles insistiam em voltar... Mas nada de muito anormal, pois os morcegos demoraram mesmo bastante tempo para irem embora do Clube dos 200. Em toda e qualquer parte tinha morcego: nos quartos, nos salões, nos restaurantes, … A casa foi deles durante 8 anos né! Mal conseguiamos ver os azulejos hidraulicos no chão por causa da sujeira.
Sauna (antes):
Sauna (hoje):
Cozinha
Os encanamentos, esgoto e quadro de luz
A parte de Encanamento e Rede de Esgoto tivera que ser refeita inteira. O Hotel Clube dos 200 não tinha mais água em todas suas dependências. Após descobrir que os canos que abasteciam o Hotel na parte externa do abastecimento tinham sido todos “picotados” com machado, consertamos todos eles e passamos para a parte interna do Casarão. Mesmo assim a água insistia em não vir. Descobrimos então o outro motivo: os canos de água eram todos de ferro. Com o tempo, a ferrugem e sujeira acumulada, fecharam a passagem da água dentro da maioria dos canos. Para nossa surpresa, quando começamos a trocar o encanamento, ainda descobrimos os impressionantes “canos de chumbo” que ocupavam lugares onde não tinha os canos de ferro. Bem mais frágeis que os de ferro, era só tocá-los mais forte com a ferramenta, que esguichava água pra todo lado.
A Rede de esgoto também era muito antiga. Manilhas enormes e arcaicas ainda de barro e cerâmicas passavam por debaixo da terra, e já estavam quebradas e trincadas pela ação do tempo e pelo não uso dos sanitários. Muitos lugares entupidos nos obrigaram a fazer tudo outra vez. A fossa septica foi um desafio!
Encanamento Salão de Jogos:
Encanamento Apartamentos e Chalés:
O quadro de Luz
O quadro de luz de antes, só vendo para acreditar! O quadro era todo feito em uma placa de madeira. Para “impedir” maiores problemas como curto circuito e incêndios, as chaves de energia eram construídas em cima de pedras de mármore. Na frente tudo parecia “certinho”. Mas na parte de trás do quadro era um emaranhado de fios que lembrava uma “gigante macarronada” de fios coloridos, pra Italiano nenhum botar defeito! Impressionantes Fusíveis de rolha completavam o cenário.
Como funcionou durante tanto tempo sem nenhum acidente, só Deus sabe!
Quadro de Luz (antes):
Frente
Trás
Relíquias
Infelizmente, muitas das peças históricas do Clube dos 200 foram destruídas, ou então, roubadas. Talheres e Pratarias que eram utilizadas nas mesas de refeições sumiram, pratos antigos quebrados, lustres antigos e imensos só foram vistos em fotos, peças de coleção e até mesmo um piano sumiu!
A maioria das peças que ainda estão em exposição aqui no Hotel, ou foram achadas na limpeza do jardim ou foram encontradas e restauradas com o maior zelo possível. Foi o caso desse fogão de ferro que estava no Jardim do hotel enferrujando a sol e chuva. A parte de dentro foi toda danificada, mas por fora, conseguimos recuperar grande parte. Foram quase 5 meses de muita dedicação e muito pó de ferro nos pulmões, mas a peça hoje esta salva! Tenho um grande apreço por este fogão, pois me lembro de meu grande amigo Jose Luiz Pasin, que foi quem me incentivou a restaura-lo e não sossegou enquanto eu não decidi colocar a mão na massa. De nada adiantou em dizer ao Pasin que eu tinha outras prioridades antes de mexer com esta peça. Foram embates muito agradáveis entre um historiador e o empresário! rs Me lembro ate hoje sua cara de satisfação quando terminei o restauro e o convidei para jantar no Clube dos 200. Servimos o jantar utilizando fogão como aparador e ambos ficamos muito orgulhosos com mais esta missão cumprida. Você deixou muitas Saudades meu caro amigo!
Volto aqui a mostrar o trabalho nos chalés que foi, e ainda é, um grande desafio. Digo isto pois quando iniciamos tudo, muitos nem teto tinham mais! Minhas lembranças de infância nunca foram tão presentes igual a este lugar. Parecia que ouvia minha vó cantando: “ Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada…”"
Reforma dos quartos e Chalés
Chalés
Banheiros Banheiros
Reforma dos Telhados Teto dos quartos
Madeiramento do telhado – Bloco Chalé dos fundos – chalé 17 ao Chalé 23
Mais do que investimento, afirmo com toda certeza que é preciso muito amor pelo que fazemos! Dar vida novamente a um Patrimonio como este, realmente tem um preço alto…custa uma vida de dedicação! Trabalha-se com muito carinho, e pouca carência nos contratos implacáveis…
Mas seguimos em frente! É um prazer estar a frente desta missão. A recompensa para nós será um dia o reconhecimento por todo esse trabalho. Que é muito belo, por não ser nem de lauro Maia Cavalcanti, nem só de Joseane Fontaine, mas sim de todos aqueles que aqui conosco compartilham esta Jornada: todos vocês!
Recuperação da instalação elétrica interna e externa
Interior dos quartos
Banheiros
Encanamentos e sistema de esgoto Sistema de esgoto quartos
Recuperação sistema de esgoto Reforma dos beirais do pátio interno
Quartos de dentro do casarão
Piscina
Pedalinhos
Sauna Reforma de sistema de esgoto do lavabo
Recuperação da parte elétrica dos chuveiros
Encanamento da caixa de água
Abastecimento da Caixa d’água principal redistri redistribuidora do hotel
Recuperação dos livros de registro com assinaturas de hospedes e personagens ilustres como: carmem Miranda, Tarsila do Amaral, Lasar segall, Robert Taylor….entre muitos outros!
Restauração - Chalé 17
Encanamento interno dos apartamentos e chalés
Vale observar que a quantidade de durepox que havia nas partes externas fazendo remendos nas louças de banheiro, tambem serviam de “rolha” nas partes internas! Banho mesmo, só se chovesse!
Aparelhos Sanitários
Enxoval e Roupas de cama
Depósitos
Recuperação encanamento dos chalés para Fossa séptica
Raízes de plantas obstruindo e arrebentando todo o sistema de esgoto que ainda estava em manilhas de barro.
As emendas e curvas que foram realizadas para disfarçar o problema dos encanamentos também estavam totalmente obstruídas por raízes.
Reforma do estuque do apartamento 08 – Impossível restauração do Estuque
Beiral da frente do hotel
Recuperação das Janelas Beirais da Lateral do Hotel
Recuperação das peças históricas
Quadra de Tênis
Restaurante e salão principal
O forro de estuque de todo o Clube dos 200, que foi todo feito na decada de 20, chega ao fim de sua vida util nos dias de hoje. Vários fatores contribuiram para acelerar este proceso: anos e anos sem prevenção e combate ao cupim, goteiras que não foram consertadas,…mas nada, nada foi mais decisivo para se chegar a esta situação, do que o abandono e a falta de cuidado com que este casarão foi vítima.
O Clube dos 200 apresenta-se como um caso clássico deste desrespeito com nossa história. E o pior de tudo, é que infelizmente, quando andamos por estes vales, vemos que ele não esta sozinho nessa triste sina!
Mas não cabe aqui agora falarmos a respeito desses outros gigantes condenados, pois estamos tratando aqui de renascimento! Da vida que ressurge! De continuar fazendo História pelo Vale Histórico!!!
Parte externa casarão
Chalés antes e depois
Como foi possível ver, trabalhamos muito para que o Hotel Fazenda Clube dos 200 voltasse a funcionar e receber pessoas como você.
Agradecemos imensamente a sua paciência, sua visita e, fiquem certos de que este trabalho continua diariamente para melhor servi-los. Acessem o nosso site para conferir: www.clubedos200.com Mas desde já asseguramos, que nada será mais prazeroso do que sentir toda essa história de corpo presente!
Esperamos por voces!
Agradecemos de coração e alma o carinho,
Familia Hotel Fazenda Clube dos 200